Bomba caseira no Instituto Lula?

Quem terá jogado?

POR REINALDO AZEVEDO

Há um buraco na porta da garagem do Instituto Lula. A direção diz que foi provocada por uma bomba caseira, atirada de um carro, por volta das 22h, contra o prédio. Celso Marcondes, diretor da entidade, disse tratar-se de um “ataque político”. O instituto comunicou o corrido às Polícias Civil e Militar, à Secretaria de Segurança Pública e ao Ministério da Justiça. Como se dizia antigamente, só faltaram as autoridades eclesiásticas na lista… As civis e militares estão aí.

Comecemos do começo: foi coisa de delinquente, sim, de bandido. É a única certeza que dá para ter.

As certezas começam a diminuir quando a gente especula a natureza do bandido.

Aí pode ser um monte de coisa.

Celso Marcondes diz ter a certeza de ser um “ataque político”. Por que ele afirma isso antes da investigação? Porque, para a, digamos, metafísica petista, a suposição é útil. Afinal, os companheiros inventaram a tese de que o “antipetismo é igual ao nazismo” — afirmação que é, antes de mais nada, um crime moral.

Quem faria uma besteira dessas?

No dia 15 de março, entre 1 milhão e 2,5 milhões de críticos do PT foram às ruas, e não se registrou nenhum ato de violência contra o patrimônio público ou privado ou contra símbolos do poder vigente. Nada!

A quem interessariam hoje a violência, a luta campal, os ataques covardes? Com absoluta certeza, não àqueles que se opõem ao statu quo.

“Está sugerindo que isso é coisa dos próprios petistas?” Não estou sugerindo nada. Quando quero sugerir, não sugiro, afirmo. E eu estou afirmando que Celso Marcondes deve ser mais prudente.

Esse pessoal tem de aprender uma coisa de uma vez por todas: a luta para pôr fim às mazelas do país — e isso supõe, sim, o PT fora do poder, condição necessária, mas não suficiente — é democrática, pacífica e repudia crimes de qualquer natureza.

Qualquer ação fora dos parâmetros da civilizada só interessa àqueles que fazem da incivilidade, inclusive o roubo, um método.

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