Como o mês de março ajudou a afundar o PIB
Baixa atividade econômica se refletiu no comércio e na indústria
Os principais componentes da atividade econômica já apontavam o desempenho fraco da economia nos primeiros meses do ano. Mas o mês de março, quando começaram as medidas restritivas por causa da pandemia de coronavírus, foi decisivo para piorar o quadro – e levar o PIB de janeiro a março a registrar queda de 1,5%, como mostraram os dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Todos os índices dos setores da indústria, comércio e serviços tiveram resultados negativos. O desemprego, que já vinha persistente, não poupou nem os informais, os principais afetados pela pandemia. A inflação desacelerou, escancarando a baixa atividade econômica e a queda no consumo.
O Copom reduziu a taxa básica de juros ao menor patamar histórico para a taxa Selic desde 1999, numa tentativa de amenizar, entre outros fatores, os impactos futuros do coronavírus na economia.
Apesar dos cortes sucessivos na Selic, os juros bancários seguiram elevados, contribuindo para inibir o consumo e investimentos na economia brasileira. E, em meio ao aumento do crédito bancário no país, o número de famílias endividadas bateu recorde.
O pessimismo em relação ao desempenho da economia foi apontado nos principais indicadores de confiança. Com a pandemia, todos os índices tiveram queda em março. A confiança é um fator importante na economia porque impulsiona investimentos de empresários e o consumo da população.
Veja abaixo a retrospectiva dos principais componentes econômicos no trimestre e como o mês de março foi determinante para pôr abaixo qualquer possibilidade de recuperação da economia.
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