ESPAÇO DO GIVVA

OPINIÃO

POR GIVANILDO SILVA

GUARDADOS 

Em dias de isolamento, por conta da pandemia, tenho viajado muito pelos guardados. E vejo como o tempo passa rápido.

Encontrei um mandado de citação datado de julho de 2002, quando fui processado por 15 juízes de direito e 17 promotores de Justiça.

Era advogado e a OAB, amedrontada, pudera, sequer, constituiu um profissional a patrocinar a minha “perdida” causa.

Foi um momento ruim. Não em razão do assombroso massacre, mas, sim, porque, hoje, constato que todos nós erramos e erramos demasiado, talvez, acreditando na imortalidade.

ENTREVISTA

Num sábado como hoje, década dos anos 70, se não estou traído pela memória, na Fazenda São João, eu e o colega Paulo Bertrand entrevistávamos o doutor Tarcísio Maia.

Eis que, para surpresa nossa, o educado então governador do Rio Grande do Norte, em determinado momento da oitiva – puta palavrão -, com tom de zabumba, ou seja, de batida ou pancada, determinou que nós nos retirássemos, imediatamente, reclamando da capciosidade – outro palavrão – das perguntas.

Aí, a gente saiu da casa grande, como definido pelo extinto, indo tomar banho no açude da belíssima propriedade, morrendo de rir, naturalmente.

Saudade, eu tenho muito saudade; porque quase tudo que vivi existiu.

PARCIMONIOSO

O doutor Celso de Mello foi nada parcimonioso em relação à reunião do Conselho de Governo do dia 26 de abril, ao suspender o sigilo da parte em que o ministro da Economia, Paulo Guedes, se refere a eventual privatização do Banco do Brasil.

Além do assunto não ser objeto da investigação que corre no Supremo Tribunal Federal, a instituição financeira é uma empresa de economia mista, com papéis em bolsas de valores e, portanto, sensível, muito sensível, diria, ao estado de espírito do mercado.

Email this to someone
email
Share on Facebook
Facebook
0Tweet about this on Twitter
Twitter
Pin on Pinterest
Pinterest
0

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

5 × 4 =