LIVRO DE MORO: Relatório do Coaf assombrava o governo
Revelações de Moro
A divulgação em dezembro de 2018 do relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que retratava operações financeiras atípicas, suspeitas de lavagem de dinheiro, feitas pelo ex-assessor de Flavio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, é citada por Moro como episódio que assombraria o governo desde o seu início, “com consequências para a agenda anticorrupção e para minha permanência como ministro”, ele relata.
Não que o episódio fosse definidor da relação de Moro com o presidente, na época da sua divulgação. Afinal, o então ministro diz que ainda se fiava no que Bolsonaro lhe havia dito ao ser perguntado sobre o que faria caso se deparasse com mal feitos envolvendo pessoas próximas a ele.
Foi no primeiro encontro pessoal que tiveram, logo após as eleições. Na ocasião, Bolsonaro lhe teria dito que não protegeria ninguém que cometesse crimes.
“Não creio que ele pudesse dizer algo diferente, mas, pelo menos naquele momento, soou sincero para mim. O conhecimento sobre o futuro não estava disponível naquele momento”, escreveu Moro.
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