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Entrevista – Henrique Eduardo Alves

‘Dilma tem dois meses para mudar estilo de governar’

Presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves afirma que a presidente reeleita tem de adotar nova forma de negociação com o Congresso imediatamente e descarta assumir um ministério no ano que vem

Presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves

MÁGOA – O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, derrotado na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte: “O Lula nunca tinha visto o Robinson na vida dele. Se amanhã passar do lado, acho que o Lula nem o reconhece mais” (Pedro França/Agência Senado/VEJA)

Marcela Mattos, de Brasília

Na primeira semana depois das eleições, o Congresso Nacional deu um claro recado à presidente reeleita Dilma Rousseff (PT): derrubou o decreto bolivariano que criava conselhos populares em órgão públicos, convocou ministros e a presidente da Petrobras, Graça Foster, para prestar esclarecimentos em comissões e ensaia desengavetar propostas que causam dor de cabeça ao Planalto, como o chamado Orçamento Impositivo. Para Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara dos Deputados, Dilma precisa saber “conversar e “compartilhar mais” já nos próximos dois meses, quando encerra seu primeiro mandato. “Não pode ser como vinha sendo: o PT escolhendo o que quisesse, principalmente os melhores ministérios, e deixando o resto para os outros. Não pode e não deve ser assim. A presidente Dilma tem dois meses para provar que as coisas não vão ser assim”, afirmou. Depois de onze mandatos na Câmara, Alves foi derrotado na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte e ficará sem mandato em janeiro. Nos últimos dias, seu nome passou a figurar na bolsa de apostas do futuro ministério de Dilma, o que ele descarta. Mas, como reza o anedotário político de Brasília, quando se quer um cargo de ministro, o melhor a fazer é afirmar justamente o contrário – diz a máxima que, a partir daí, seu nome passará ser lembrado constantemente. Leia a entrevista ao site de VEJA.

Como o senhor viu o apoio de Lula ao seu adversário Robinson Faria (PSD) na disputa ao governo do Rio Grande do Norte? Eu fui surpreendido. O Lula nunca tinha visto o Robinson na vida. Esqueceram de avisar que o Robinson que ele apoiou neste ano é o mesmo contra quem ele gravou em 2010. Se amanhã passar ao lado, acho que o Lula nem o reconhece mais. Enquanto eu era líder do PMDB, sempre que havia uma votação importante, o Lula me chamava para conversar e para negociar. Agora, ele grava uma entrevista em um formato de bate-papo elogiando o Robinson, dizendo que ele vai mudar o Rio Grande do Norte. Isso foi decisivo para a derrota, foram muitas inserções ao longo de vários dias.

O senhor chegou a procurar o PT pedindo que as gravações não se repetissem no segundo turno? Eu procurei o Michel Temer, que na hora telefonou para o Lula pedindo para que não gravasse mais. Tudo bem que a chapa do Robinson estava com o PT para o Senado, mas no plano nacional eu estava com a Dilma. Depois que pedi para pararem, foi quando usaram as propagandas desbragadamente. O Lula não deve ter feito nenhum gesto para pararem de usar. O Temer também procurou o Rui Falcão, mas não adiantou. Ficou uma coisa muito constrangedora. O Lula ia lá toda hora e classificava o outro candidato como a mudança. Mas sou eu que o conheço, eu que o ajudei, que fui o seu parceiro.

Então como fica a relação entre o PT e o senhor depois destas eleições? A Dilma teve outro comportamento. Eu disse que ela poderia ir lá no Estado que todos estaríamos ao lado dela. Mas também disse que ia entender se ela achasse melhor não ir, e ela realmente não foi. Não tenho nada a reclamar dela. Mas, com o Lula, eu vou fazer o quê? Tem de ter maturidade e experiência para virar essa página. Eu reconheço que a participação dele foi muito importante para o resultado eleitoral. Mas, com ressentimentos, ficamos menores. E eu não quero ficar menor com isso.

A derrubada do decreto de Dilma foi um troco ao PT? Essa afirmativa é desinformação ou má-fé. Essa matéria aguardava votação há três meses. Eu decidi pautá-la, fiz um pronunciamento defendendo que o decreto era inconstitucional, tentei diversas vezes que o Aloizio Mercadante o retirasse e apresentasse um projeto de lei com urgência. O que nós queríamos era tirar a vinculação dos conselhos à Presidência da República. Toda votação que se abria, a oposição começava a obstruir enquanto não pautasse o decreto. Na hora que deu para ser votado, a obstrução do PT não teve efeito. Se já era meu desejo que ele fosse votado e derrubado e a pressão estava grande, não teve como ser diferente. A Câmara ia ficar em um impasse sem votar nada? Mas isso não tem nada a ver com situação nenhuma. Eu já falei com a Dilma, dei parabéns pela eleição, e ela sequer tocou neste assunto. A presidente ainda disse que na próxima semana, quando voltar de viagem, gostaria de falar comigo porque ia precisar muito da minha ajuda.

O que o senhor acha que tem de mudar na relação entre Executivo e Legislativo no novo governo? A Dilma nunca foi parlamentar e nunca passou nesta Casa, como todos os outros presidentes passaram e sabem das tensões que temos aqui, da necessidade de dar respostas. Ela exerceu uma função gerencial e se tornou presidente da República. Eu acho que ela precisa conversar mais. Quando convencer, muito bem. Quando não, que seja convencida. Acho que ela vai partir para isso, para um modelo diferente do primeiro mandato. Até porque antes ela tinha um contexto eleitoral muito favorável, mas agora não, está dividido. E aqui, pelo radicalismo da campanha, é um prato cheio para o Aécio, porque as coisas vão se tornar ainda mais radicais. Mais do que nunca vai exigir a colaboração do PMDB e ela própria vai ter de conversar mais com o setor produtivo, com representantes empresariais, com o setor sindical e com parlamentares.

Este ano foi marcado por tensões entre a bancada do PMDB e o Planalto. O que o Michel Temer disse sobre o novo governo depois da reeleição? Nada. Mas agora a situação é outra. Fora da janela do Palácio do Planalto há um país dividido. E tem haver muito cuidado para que amanhã não haja uma crise. É preciso calçar a sandália da humildade. A Dilma, na reta final das eleições, quando precisou da ajuda do Nordeste, recorreu ao Lula. Até então quase não se via o Lula participar das eleições, ele estava mais focado na disputa de São Paulo. A Dilma tem de compartilhar mais, de participar mais. Não pode ser como vinha sendo, o PT escolhendo o que quisesse, principalmente os melhores ministérios, e deixando o resto para os outros. Não pode e não deve ser assim. A Dilma tem dois meses para provar que as coisas não vão ser assim.

Qual o caminho natural para a presidência da Câmara? Antes uma aliança entre o PT e o PMDB era importante porque juntava muitos votos e quase conseguia maioria. Era um rodízio que se impunha por serem as duas grandes bancadas da Casa. Agora mudou a configuração e essas duas legendas não fazem 140 votos. O fato de elas se entenderem não é nenhuma garantia de que farão o presidente da Casa. Deve-se buscar o candidato que reflete o sentimento da Casa, da independência, que procure angariar apoio tanto da base quanto da oposição. Há, hoje, um PMDB que não votou em Dilma. Nessa configuração confusa e muito dividida, acho que o discurso vencedor vai ser de quem falar pelo Parlamento. Eu acho inevitável que o PMDB procure a todos, oposição e governo, e caracterize o discurso de Parlamento.

Há hoje um nome alternativo ao Eduardo Cunha? Não. Ele é a indicação da bancada. O Eduardo tem credibilidade, é respeitado pelos parceiros, pelos adversários e cumpre acordos. É um nome muito forte.

O senhor está na Câmara há 44 anos. Está preparado para não viver mais essa rotina?Preparadíssimo. Eu passei a minha vida inteira morando em hotel sozinho, passava dois ou três dias com a família e viajava. Imagine o que é pegar um avião toda terça e quinta ao longo de todo esse tempo. Agora eu estou preocupado com a minha qualidade de vida. Eu tenho uma empresa de comunicação e vou ficar no comando do PMDB do meu Estado. Continuo na política. Mas quero ter mais qualidade de vida, fazendo o que eu gosto.

E a possibilidade de assumir algum ministério? Muitos querem que eu fique em Brasília. Há pressão nesse sentido pela experiência que eu tenho aqui. Eu poderia ficar fazendo um meio de campo entre o Michel Temer e o Eduardo Cunha. Mas a indicação que eu tenho agora é ter uma qualidade de vida melhor.

Então o senhor descarta tornar-se ministro? Descarto. Qualquer ministério. Ministério é pior, porque a gente tem de estar aqui de segunda a sexta. A política sacrifica muito a família. Eu tenho dois filhos que quase não vejo. A gente começa a ver que o tempo está passando e está perdendo algumas oportunidades. Então há coisas que vêm pelo bem. Eu tenho um jornal, uma TV e vou ter participação política, mas vivendo com mais estabilidade.

Quem poderia ser capaz de fazer esse meio campo e melhorar o diálogo com o Parlamento? O Jaques Wagner, ex-governador da Bahia, é uma boa pessoa. Ele é experiente, competente, malandro. Eu acho que ele vai para Relações Institucionais. A Dilma não pode mais correr riscos. O país está dividido.

Fonte: www.veja.com.br

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Entrevista: ACM Neto

Prefeito de Salvador diz que o PT quer ser proprietário do Nordeste

Entrevista com o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), em Salvador (BA)

Um dos principais aliados do presidenciável Aécio Neves (PSDB) na região Nordeste, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), critica a estratégia petista de disseminar no eleitorado nordestino o “medo” de uma possível vitória do tucano.

Em entrevista à Folha, o neto do senador e governador baiano Antônio Carlos Magalhães (1927-2007) diz que o PT “quer tomar para si a condição de proprietário” do Nordeste.

“Não vamos aceitar”, disse o prefeito, que ainda criticou o governador baiano Jaques Wagner (PT) por relativizar a importância do tema “corrupção” na disputa presidencial:

Folha – Há cerca de 20 dias, o cenário da eleição era outro. O presidente do DEM, José Agripino, defendeu o apoio a Marina Silva no 2º turno. O sr. também disse que apoiaria Marina, caso Aécio não tivesse sucesso. Não acreditavam mais em Aécio?
ACM Neto – A declaração de Agripino foi distorcida. Em nenhum momento ele deixou de ter confiança na ida de Aécio para o segundo turno. Eu também mostrei toda minha confiança. O que disse foi que o mais importante era tirar o PT do poder.
Sempre estive nesse projeto muito menos por expectativa de poder e muito mais por compromisso de vida. Estou há dez anos na oposição e mantive minha coerência. Aécio se preparou para ser presidente e ocupou funções públicas de forma muito honrada. E, com todo o respeito que tenho aos candidatos de oposição que nos lideraram em outras eleições, ele é o mais preparado.

A presidente Dilma teve mais que o dobro de votos de Aécio no Nordeste no 1º turno. Como reverter esse cenário?
Procuramos fazer o esforço máximo. Crescemos em relação a 2010 no primeiro turno e queremos crescer mais no segundo turno. O desempenho de Aécio no Nordeste foi superior ao de Serra em 2010. O fundamental é enfrentar a tática do medo e mostrar que qualquer alinhamento tem que ser programático. Também acho inadmissível a tática do PT de querer dividir o Brasil. E o único capaz de unificar o Brasil é Aécio. Ele, aliás, foi o único candidato que desenhou um plano específico para o Nordeste.
Aécio vai ter um olhar muito especial para o Nordeste. Isso incomoda o PT porque eles querem chamar para si a condição de donos, de proprietários de uma região. E, isso, não vamos aceitar.

O ex-presidente FHC afirmou que o PT se apoia em “setores sobretudo mal informados”. O sr. concorda?
Não acho, de jeito nenhum. Acho que a fala de FHC foi descontextualizada e não vamos aceitar essa injustiça que o PT procurou fazer com o ex-presidente. Refuto qualquer tentativa de dividir regiões e classes sociais. Isso não existe. Tanto é que a gente encontra eleitores do PT nas classes economicamente mais avantajadas e antipetistas nas classes mais pobres. Não acho que seja divisão de classe.

O DEM tinha uma meta de eleger 30 deputados e um governador. Elegeu 22 deputados e nenhum governador. Onde o partido errou nas eleições?
Todos os deputados do partido que disputaram foram reeleitos. E Ronaldo Caiado [DEM-GO] e Davi Alcolumbre [DEM-AP] agora são senadores. Por isso, acho que o partido teve uma estratégia mais corajosa, pensando no médio e no longo prazo. Temos cinco senadores, podendo chegar a seis, se Aécio for eleito, 22 deputados e algumas prefeituras importantes como Salvador e Aracaju. Passada a eleição, vamos fazer um conjunto de debates para refinar a estratégia de futuro do partido.

O futuro passa por uma fusão?
Isso não está em pauta. Não quero nem descartar nem carimbar nenhuma hipótese. Vamos esperar passar a eleição e refletir as alternativas para o partido ganhar força e crescer. Mas estamos tranquilos. Nosso capital é importante, sobretudo pelo valor dos quadros do partido. O partido está unido, coeso e tem grandes quadros.

O governador Jaques Wagner disse que a corrupção é um tema rejeitado pela população. O sr. concorda com ele?
O PT, infelizmente, procurou banalizar o tema corrupção numa tentativa de nivelar todos os políticos por baixo. O governador [Jaques Wagner] certamente é uma das últimas pessoas que têm autoridade para falar sobre corrupção. Seja por sua relação direta com os petistas envolvidos em escândalos recentes, seja pelo fato de ter colocado [o ex-presidente da Petrobras] José Sérgio Gabrielli como um secretário forte de seu governo.
Essa nomeação traz para o governo da Bahia essa conexão com o escândalo da Petrobras, empresa que é o maior patrimônio dos brasileiros, mas que foi tomada de assalto pelo governo petista.

Considera correta essa estratégia de opor as candidaturas no campo ético?
Isso não é uma estratégia, é um fato. Os petistas estão atrás das grades, fruto do mensalão, e agora estão envolvidos com o escândalo da Petrobras. Os fatos mostram quem são os políticos que estão do lado de uma verdadeira mudança, da defesa de um novo momento da política, e aqueles que são o símbolo da corrupção na história recente da política brasileira.

Aécio tem uma trajetória política tradicional. Porque ele representaria um novo momento na política?
Aécio está disposto a fazer reformas e promover mudanças extremamente profundas. Não é mais possível continuar com um tipo de relação do poder Executivo com o Legislativo que foi construída pelo PT na base do toma-lá-dá-cá, da cooptação dos partidos, na base da troca de favores.
Aécio está determinado a promover essa ruptura. Ele vai não só usar toda sua força e capital político para promover uma reforma política, mas estabelecer uma relação com o Legislativo acerca de ideais e propostas. O tipo de relação [com o Congresso] construída pelo PT é a causa dos principais escândalos do governo petista.

Caso eleito, Aécio deve buscar o apoio do PMDB?
O Aécio deve dialogar com todo os partidos e com todos os deputados e senadores que queiram discutir um projeto para o Brasil. A maioria congressual ele terá por um reconhecimento de deputados e senadores do resultado das urnas, do que a sociedade está indicando.
As negociações têm que se dar em torno da pauta que for encaminhada para o Congresso. Tenho a confiança de que, eleito, Aécio vai reunir capital político necessário para ter uma maioria em torno das propostas que são desejadas pela sociedade.

O que o senhor defende como reforma política?
É fundamental rever a quantidade de partidos políticos. Não dá mais para ter essa facilidade para criação de um partido. Sou a favor do fim da reeleição, com mandato de cinco anos e com coincidência de eleições. Eleição de dois em dois anos é um problema.
É preciso acabar com a mercantilização do tempo de TV e reforçar a fidelidade partidária. A reforma tem que fortalecer os partidos.

Fonte: www.folha.com.br

 

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Entrevista: Aécio Neves

Candidato a presidente da República começa campanha

BELO HORIZONTE – O candidato do PSDB Aécio Neves passou toda a manhã e o início da tarde desta segunda-feira em seu apartamento, em Belo Horizonte, recebendo telefonemas de apoios e discutindo com coordenadores e apoiadores estratégias para o segundo turno em todo país. A avaliação otimista, na campanha, é que as próximas pesquisas já vão mostrar um empate técnico entre o tucano e a presidente Dilma Rousseff. Ele embarcou à tarde para São Paulo, onde faz a primeira reunião com o comando da campanha, que deve estar na rua já nessa terça-feira.

Ao jornalista Paul Kiernan, do Wall Street Journal, ele confirmou a disposição de cortar à metade o número de ministérios e criar uma pasta para a Infraestrutura e um superministério da Agricultura, envolvendo o Ministério da Pesca. Ao GLOBO Aécio rejeitou a tese de que o PSDB é “freguês” do PT nas disputas de segundo turno e disse que o “fantasma do passado” com o qual a campanha de Dilma procura carimbá-lo, na verdade são os 12 anos de administração do PT.

O GLOBO: Fala-se que o PSDB, desde 2002, é freguês do PT nas disputas no segundo turno. Por que seria diferente nessa disputa?

AÉCIO NEVES: Você pode ter outra leitura, que o PT é freguês do PSDB no primeiro turno, porque ganhamos deles duas vezes. São eleições completamente diferentes. É muito mais do que a candidatura de um partido político. Essa é candidatura do sentimento de mudança da sociedade brasileira. Minha responsabilidade é encarnar esse sentimento. Por isso estamos trabalhando para ampliar o leque de apoios a nossa candidatura.

Marina tem colocado que é preciso haver um encontro programático (para um eventual apoio).

É um bom caminho. Vamos aguardar que ela se manifeste. Eu não estou com pressa. Estou dando tempo ao tempo. Estou reunindo hoje a coordenação da campanha para falar de São Paulo. Sobre as manifestações de apoio elas dependem muito menos de mim e mais das outras lideranças. Obviamente tudo que tiver convergência com nosso programa de governo pode ser discutido e acertado. Mas não cabe a mim essa iniciativa nesse momento. Temos que aguardar que os outros candidatos e ela própria se sinta confortável para esse entendimento. Mas as conversas devem ser sempre no campo programático.

Dilma começa a falar em fantasmas do passado…

O problema da presidente Dilma é que ela se esquece que o passado é o PT que governou o País durante 12 anos. Nós somos a garantia de um futuro melhor para todo o Brasil.

Read more: http://oglobo.globo.com/brasil/aecio-diz-que-sua-candidatura-do-sentimento-de-mudanca-da-sociedade-brasileira-14160404#ixzz3FOkv4dSg

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Entrevista: Silas Malafaia

‘Dilma e o PT acham que pastor é otário e evangélico é idiota’, diz pastor

RIO – Em entrevista ao GLOBO, o pastor Silas Malafaia confirma que vai apoiar Marina Silva (PSB) em um provável segundo turno, se ela não “levar logo agora”. O líder religioso também afirmou que a presidente Dilma Rousseff e o PT estão dando um “tiro na cabeça” ao tentarem agradar segmentos diversos da sociedade e desafia os ativistas pelas causas homossexuais a elegerem mais deputados do que os evangélicos. Na manhã desta terça-feira, Malafaia publicou seu apoio a Marina Silva, no segundo turno, em sua conta pessoal no Twitter.

O senhor declarou que vai apoiar o Pastor Everaldo (PSC) no primeiro turno e Marina Silva (PSB) no segundo. Por que apoiar Marina somente em um segundo momento?

Se duvidar, nem vai para o segundo turno. Marina leva logo agora. Quem for contra a Dilma, eu também sou. Sou amigo do Everaldo há 30 anos, sou um homem de palavra, meu voto é dele. Mas quem deve ir para o segundo turno é Marina. Por isso, meu voto é dela em outro momento.

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O que o senhor achou da mudança do programa de Marina?

Veja quem são os incoerentes. O programa da Marina não contempla tudo que acredito. Só porque eles fizeram uma correção, os ativistas gays falaram que não vão apoiar. Eles que são intransigentes. Ideologicamente, tudo o que ativismo gay for a favor, eu sou contra. Quem é que trouxe o debate? Chamem Aécio, Dilma e Marina e eu desafio que eles tenham lido seus programas inteiramente. Delegaram para suas equipes. O PSB-LGBT ficou responsável por essa parte e exageraram. Aí, provavelmente, voltaram para discussão do grupo e foi modificado. Ainda assim, os direitos para os gays lá (no programa de Marina) ainda estão grandes e eu não concordo com eles. O programa dela não tem nenhuma linha do pensamento cristão mas tem dez para os gays. Os intolerantes são eles. Quem não quer dialogar são eles (os ativistas gays).

E sobre o anúncio de que a presidente Dilma Rousseff prometeu expandir os benefícios da Igreja Católica para as evangélicas?

Estão dando tiro e vão acertar a cabeça deles mesmos. Acendem uma vela para Satanás e uma para Deus. Olha a incoerência: querem retomar a PLC 122 (projeto que criminaliza a homofobia). Ele já foi discutido e foi demonstrado o monte de aberração jurídica que existe nele. Depois que conseguimos derrubar isso, querem retomar? O PT não fez isso nesses 12 anos de governo. Anunciam que vão retomar este projeto e ao mesmo tempo prometem benefícios para as igrejas evangélicas? Dilma e o PT acham que pastor é otário e evangélico é idiota. Vão tomar um surra histórica nessas eleições. Covardes. Hipócritas. É o poder pelo poder.

O senhor virou uma figura central nessas eleições…

Não sou falso humilde e nem penso que sou “o cara”. Minhas opiniões são as mesmas que grande parte da população mas isso não quer dizer que eu a represento. Cerca de 25% a 27% da população é evangélica, segundo dados do IBGE de 2010. Os católicos praticantes, que neste temas que defendo pensam iguais a nós, são mais de 20%. Já deu a maioria. Marina não é minha candidata. É candidata do povo. Eu interpreto o pensamento dessa maioria.

A campanha está se tornando moral?

O maior escândalo de corrupção é do PT. Então é moral! Deste ponto de vista, é moral! É o esgotamento de poder de um partido político. Repito: quem for contra a Dilma, eu também sou contra. Pode ser Marina, Aécio, Everaldo, Levy… Só se for Dilma contra Luciana Genro que voto nulo.

O que te agradou na candidatura de Marina?

A postura de Marina. A Marina diz que não é candidata para reeleição mas para deixar um legado. Ela não pode mentir depois. Outra coisa é o fato dela não negar o passado. Quer dizer que o PSDB e o PT não fizeram nada de bom? Fizeram. Não tem como ter distribuição de renda sem estabilidade econômica.

O posicionamento dos candidatos em relação a essas questões pode definir a eleição?

Em uma sociedade livre, as pessoas podem buscar suas convicções políticas em qualquer lugar. Essa ideia, por exemplo, de estado laico, que nós apoiamos, é um jogo muito malandro da esquerda. Nosso modelo ocidental é judaico-cristão. Tudo nele é judaico-cristão. Uma coisa é a religião, outra coisa é a ideologia. É um jogo ideológico de oposição poderoso. Quem disse que Marx é melhor que Jesus? Nós vamos eleger a maior bancada evangélica da história. Os ativistas gays que elejam seus representantes para que estas questões sejam discutidas lá (no Congresso).

Fonte: www.oglobo.com

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Entrevista: Marina Silva

Candidata do PSB no Jornal Nacional

O Jornal Nacional deu sequência à série de entrevistas com os principais candidatos à Presidência da República, em que são abordadas questões polêmicas das candidaturas e o desempenho deles em cargos públicos. O Bom Dia Brasil e o Jornal da Globo também vão receber os candidatos nas próximas semanas.

O tempo total da entrevista foi de 15 minutos, dos quais foram reservados, mais uma vez, o último minuto e meio para que a candidata falesse resumidamente sobre os projetos que ele considera prioritários se for eleito. Neste quarta-feira, 27, o JN recebeu Marina Silva, do PSB.William Bonner: Boa noite, candidata.Marina Silva: Boa noite, William. Boa noite, Patrícia.

William Bonner: Muito obrigado pela sua presença. O tempo da entrevista começa a ser contado a partir de agora. Candidata, o avião que o PSB vinha utilizando na campanha eleitoral, até aquele acidente trágico de duas semanas atrás, está sendo investigado pelas autoridades competentes. Ele foi objeto de uma transação milionária feita por meio de laranjas. Essa transação não foi informada na prestação de contas prévia, parcial, à Justiça Eleitoral. A senhora tem dito que vai inaugurar uma nova forma de fazer política, que todo político tem que ter certeza absoluta da correção de seus atos. No entanto, a senhora usou aquele avião como teria feito qualquer representante daquilo que a senhora chama de velha política. Eu lhe pergunto: a senhora procurou saber que avião era aquele, quem tinha pago por aquele avião, ou a senhora confiou cegamente nos seus aliados?

Marina Silva: Nós tínhamos, William, uma informação de que era um empréstimo, que seria feito um ressarcimento, num prazo legal, que pode ser feito, segundo a própria Justiça Eleitoral, até o encerramento da campanha. E que esse ressarcimento seria feito pelo comitê financeiro do candidato. Existem duas formas, três formas, aliás, de fazer o provimento da campanha: pelo partido, pelo comitê financeiro do candidato e pelo comitê financeiro da coligação. Nesse caso, pelo comitê financeiro do candidato. Essas informações eram as informações que nós tínhamos.

William Bonner: A senhora sabia dos laranjas? Essa informação foi passada para a senhora como candidata a vice-presidente?

Marina Silva: Não tinha nenhuma informação quanto a qualquer ilegalidade referente à postura dos proprietários do avião.

William Bonner: Eu lhe pergunto isso…

Marina Silva: As informações que tínhamos eram exatamente aquelas referente à forma legal de adquirir o provimento desse serviço. Agora, uma coisa que eu quero dizer para todos aqueles que estão nos acompanhando é que, para além das informações que estão sendo prestadas pelo partido, há uma investigação que está sendo feita pela Polícia Federal. E o nosso interesse e a nossa determinação é de que essas investigações sejam feitas com todo o rigor para que a sociedade possa ter os esclarecimentos e para que não se cometa uma injustiça com a memória de Eduardo.

William Bonner: Candidata, quando os políticos são confrontados ou cobrados por alguma irregularidade, é muito comum que eles digam que não sabiam, que foram enganados, que foram traídos, que tudo tem que ser investigado, que se houver culpados, eles sejam punidos. Este é um discurso muito, muito comum aqui no Brasil. E é o discurso que a senhora está usando neste momento. Eu lhe pergunto: em que esse seu comportamento difere do comportamento que a senhora combate tanto da tal velha política?

Marina Silva: Difere no sentido de que esse é o discurso que eu tenho utilizado, William, para todas as situações. Inclusive quando envolve os meus adversários. E não como retórica, mas como desejo de quem de fato quer que as investigações aconteçam. Porque o meu compromisso e o compromisso de todos aqueles que querem a renovação da política é com a verdade. E a verdade, ela não virá nem apenas pelas mãos do partido e nem, também, apenas pela investigação da imprensa. Que eu respeito o trabalho de vocês. Ela terá que ser aferida pela investigação que está sendo feita pela Polícia Federal. Isso não tem nada a ver com querer tangenciar ou se livrar do problema. Muito pelo contrário, é você enfrentar o problema para que a sociedade possa, com transparência, ter acesso às informações.

William Bonner: Candidata…

Marina Silva: O compromisso é com a verdade.

William Bonner: Agora, é que a senhora tem uma postura bem rigorosa no que diz respeito à ética, no discurso, quando a senhora se dirige aos seus adversários. Esse rigor ético que a senhora exige dos seus adversários nos faz perguntar e insistir se a senhora antes de voar naquele avião não teria então deixado de fazer a pergunta obrigatória se estava tudo em ordem em relação àquele voo. Não lhe faltou o rigor que a senhora exige dos seus adversários?

Marina Silva: O rigor é tomar as informações com aqueles que deveriam prestar as informações em relação à forma como aquele avião estava prestando serviço. E a forma como estava prestando serviço era por um empréstimo que seria ressarcido pelo comitê financeiro. Agora, em relação à postura dos empresários, os problemas que estão sendo identificados agora pela imprensa, e que com certeza serão esclarecidos pela Polícia Federal, esses, eu, como todos os brasileiros, estou aguardando. E com todo rigor. Eu não uso, William, de dois pesos e duas medidas. Não é? A métrica, a régua com que eu meço os meus adversários, é porque eu a uso em primeiro lugar comigo. E, neste momento, o meu maior interesse é de que tenhamos todos os esclarecimentos. Agora, uma coisa eu te digo: a forma como o serviço estava sendo prestado era exatamente esse do empréstimo, para que depois tivéssemos a forma de ressarcimento pelo comitê financeiro.

Patrícia Poeta: Ok. Candidata, vamos falar agora das eleições de 2010. A senhora obteve uma votação expressiva. Foram quase 20 milhões de votos. Mas o seu desempenho no seu estado, o Acre, onde a senhora fez toda a sua carreira política, onde as pessoas conhecem muito bem a sua forma de atuação e onde suas ideias e as suas ações são de conhecimento amplo por parte dos eleitores, a senhora tirou terceiro lugar. Ficou com metade dos votos do primeiro colocado, o então candidato pelo PSDB, José Serra. Ou seja, o eleitor acreano votou pesadamente na oposição ao governo federal. Aos eleitores dos outros estados do país que não a conhecem tão bem, como é que a senhora explicaria essa desaprovação clara no seu berço político?

Marina Silva: Em primeiro lugar é que esse terceiro lugar não estava tão distante do segundo. Eu fiquei muito próxima do segundo lugar, que foi a presidente Dilma.

Patrícia Poeta: Sim, mas foi metade do primeiro.

William Bonner: Metade do primeiro.

Patrícia Poeta: Metade do primeiro. Eu tenho aqui os números: 23,45%, a senhora; 52,13%, José Serra.

Marina Silva: Tem uma coisa, Patrícia, que até é um provérbio que a gente usa muito: é muito difícil ser profeta em sua própria terra. Sabe por quê? Porque, às vezes, a gente tem que confrontar os interesses. Eu venho de uma trajetória política que, desde os meus 17 anos, eu tive que confrontar muitos interesses no meu estado do Acre ao lado de Chico Mendes, ao lado de pessoas que se posicionaram ao lado da Justiça, da defesa dos índios, dos seringueiros, da ética na política. Isso fez com que eu tivesse que seguir uma trajetória que não era o caminho mais fácil. Aliás, na minha vida, nunca é fácil, não é? E, nesse caso, eu era candidata por um partido pequeno, em que…

Patrícia Poeta: Candidata…

Marina Silva: Não, mas deixa eu esclarecer…

Patrícia Poeta: Então tá, conclua aí para que a gente possa seguir aqui e fazer outras perguntas.

Marina Silva: Exatamente.

Patrícia Poeta: É justo com o telespectador.

Marina Silva: Por um partido pequeno, concorrendo contra duas máquinas muito poderosas, com 1 minuto e 20 segundos de televisão. E, mesmo assim, a candidata do PT, que tinha o governo do estado, senadores, deputados, vereadores, prefeitos… Eu fiquei muito próxima a ela. E isso…

Patrícia Poeta: O que eu estou querendo dizer é o seguinte: o berço político de um candidato é onde ele é mais conhecido pelos eleitores. Isso pode ser uma enorme vantagem para um candidato ou não. No seu caso não foi. Não seria como se os acreanos estivessem dizendo uma variação daquele velho ditado: “Quem não a conhece que vote na senhora”?

Marina Silva: Talvez você não conheça bem a minha trajetória.

Patrícia Poeta: Conheço, conheço, conheço, candidata. Nós estudamos bastante antes de fazer essa entrevista.

Marina Silva: Eu, como senadora… Mas eu faço questão de dizer porque eu acho que você tem um certo desconhecimento do que que significa ser senadora vindo da situação que eu vim. Eu não sou filha de político tradicional, não sou filha de nenhum empresário, porque, no meu estado, até a minha eleição, para ser senador da República, era preciso ser filho de ex-governador, era preciso ser filho de alguém que tivesse, de preferência, um jornal, uma TV e uma rádio para falar bem de si mesmo e falar mal daqueles que ficavam defendendo a Justiça.

Patrícia Poeta: A culpa é dos acreanos então?

Marina Silva: Não, não é culpa dos acreanos. É culpa das circunstâncias. Os acreanos foram muito generosos comigo em muitas vezes. Eu já cheguei a ficar quatro anos sem poder andar na metade do meu estado. Sabe por quê? Porque queriam fazer uma estrada sem estudo de impacto ambiental, sem respeitar terras dos índios e as unidades de conservação. E eu não podia trocar o futuro das futuras gerações pelas próximas eleições.

William Bonner: Candidata…

Marina Silva: Eu preferi pagar o preço de até perder os votos, mas lembra quando eu saí do Ministério do Meio Ambiente, que eu disse que eu perdia o pescoço, mas não perdia o juízo?

William Bonner: Vamos falar da sua chapa, candidata?

Marina Silva: Essa foi a minha trajetória no estado do Acre, essa tem sido a minha trajetória no Brasil e é assim que eu quero governar o Brasil.

William Bonner: Candidata.

Marina Silva: Fazendo aquilo que é necessário para as futuras gerações.

William Bonner: Candidata, me permita interrompê-la…

Marina Silva: E não o que é necessário para ganhar voto para as próximas eleições.

Patrícia Poeta: Daqui a pouquinho a senhora vai poder falar no um minuto e meio.

William Bonner: Me permita interrompê-la só para gente prosseguir com a entrevista. Queria falar sobre a sua chapa.  O vice na sua chapa: Beto Albuquerque. Ele foi um dos principais articuladores no Congresso Nacional da aprovação da medida provisória que aprovou o cultivo da soja transgênica aqui no Brasil. Ele também foi favorável a pesquisas com células-tronco embrionárias, são dois pontos em que eles se opõem a posições suas do passado. Além disso, ele aceitou doações de campanha – quando candidato – de setores da economia que a senhora não admitiria, setor de fabricantes de armas, fabricantes de bebidas. Esses exemplos não mostram que Marina e Beto Albuquerque são a união de opostos, aquela união de opostos tão comum na velha política, apenas para viabilizar uma chapa, para viabilizar uma eleição. O que que há de novo nessa política, candidata?

Marina Silva: Em primeiro lugar, mais uma vez eu quero trazer as informações para que a gente possa trabalhar com a realidade dos fatos. Uma questão fundamental: nós somos diferentes e a nova política sabe trabalhar na diversidade e na diferença. Agora, o fato do Beto ter uma posição diferente da minha em relação a transgênico em um aspecto. Há uma lenda de que eu sou contra os transgênicos. Mas isso não é verdade. Sabe o que que eu defendia quando era ministra do Meio Ambiente? O modelo de coexistência, o que significa áreas com transgênico e áreas livres de transgênico. Infelizmente no Congresso Nacional não passou a proposta do modelo de coexistência. E o Beto votou na proposta que acabou fazendo com que…

William Bonner: Mas na questão das células embrionárias há uma oposição forte…

Marina Silva: Nas células…

William Bonner: Mas eu lhe pergunto.  Veja se eu entendi: quando a união de opostos se dá com a senhora e alguém, então isso é uma união em prol do Brasil, é a superação de divergências. Quando essa união de opostos se dá com adversários seus, aí é o modelo da velha política, é uma conveniência eleitoral.

Marina Silva: Mais uma vez, William, eu quero dizer que você está trabalhando apenas com um lado da moeda.

William Bonner: Por quê?

Marina Silva: Você está trabalhando com o lado das diferenças que eu e Beto temos no episódio das células-tronco, que ele defende…

William Bonner: Não, não. Estou confrontando apenas com posições que a senhora tem assumido sobre a nova política em oposição à velha política. E não está clara para mim a diferença quando a gente vê dois candidatos de posições opostas unidos numa chapa. Era só essa a questão.

Marina Silva: Não está claro pra você, mas eu vou deixar claro para o telespectador. Mais uma vez eu insisto: você está apenas com um lado da moeda. Por exemplo, eu e Beto temos uma visão diferente em relação às células-tronco e em relação a transgênico. Mas tivemos um trabalho juntos, no Congresso Nacional, quando ele foi o relator da Lei de Gestão de Florestas Públicas do Ministério do Meio Ambiente, que criou o Serviço Florestal e que me ajudou a aprovar a lei da Mata Atlântica e tantas outras medidas importantes para o Ministério do Meio Ambiente. A vida não tem essa simplificação que muitas vezes a gente acha. Isso não tem nada a ver com velha política. Eu marquei a minha trajetória de vida trabalhando com os diferentes, na diversidade. E aí você está dando a oportunidade de que os telespectadores possam ver que essa história de que a Marina é intransigente.

Patrícia Poeta: Tá faltando um minuto, candidata.

Fonte: www,g1.com.br

Marina Silva: Que só conversa com aqueles que pensam igual a ela, não é tão verdade assim.

Patrícia Poeta: A senhora agora pode, então, usar esse um minuto e meio e falar com os seus telespectadores: dos projetos que a senhora tem para o país, quais seriam os prioritários?

Marina Silva: Em primeiro lugar, eu gostaria de poder dizer para os nossos telespectadores que um dos projetos mais importantes, neste momento da história do Brasil, é que a gente possa renovar a política. De que a gente não desista de ter na política aquilo que os brasileiros tanto querem, que é vê-la a serviço de resolver os principais problemas do cidadão. Infelizmente, a política tem sido motivo de apartação, de contenda, da luta do poder pelo poder. Para mim, a política deve ser utilizada para unir as pessoas, para que, mesmo com interesses diferentes, a gente seja capaz de mediar os conflitos e fazer aquilo que é melhor para o benefício do povo brasileiro. Como presidente da República, eu quero que você me ajude a ser presidente da República para ser a primeira presidente que vai, que assume o compromisso de que não vai buscar uma nova eleição, porque eu não quero ter um mandato que comprometa o futuro das próximas gerações.

Patrícia Poeta: OK, candidata.

Marina Silva: Eu quero para que a gente possa ter uma agenda para mudar o Brasil.

Patrícia Poeta: OK, 15 minutos já, 15 minutos e 16 segundos. Obrigada pela sua entrevista.

William Bonner: Muito obrigada candidata Marina Silva pela sua participação, pela sua entrevista no Jornal Nacional.

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Videocast Antenado: Entrevista Wilma de Faria

Candidata ao Senado fala de apoio de vereadores de Mossoró e sobre projetos que pretende defender no Senado 

Wilma

Wilma de Faria em entrevista exclusiva: Foto: iPad Skarlack

A candidata ao Senado, Wilma de Faria (PSB) cumpriu agenda na cidade de Mossoró sábado, 23 e domingo, 24.

No final da tarde do sábado, ela recebeu o apoio de um grupo de nove vereadores da cidade de Mossoró que se somaram a outros cinco que já estavam engajados em sua campanha.

Depois da reunião, Wilma de Faria concedeu entrevista ao blog.

Também falou sobre projetos que pretende defender no Senado Federal, se eleita, e fez uma avaliação da administração Rosalba Ciarlini.

Veja a entrevista:

 

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Entrevista

William Bonner e Patrícia Poeta entrevistam Dilma Rousseff no Jornal Nacional 

A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, afirmou nesta segunda-feira (18), em entrevista ao Jornal Nacional, que os governos dela e do antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva prepararam o país para um novo ciclo de crescimento e para consolidar a classe média. Ela também foi indagada sobre sucessivos escândalos de corrupção na administração federal e sobre a posição do PT na defesa dos condenados no mensalão.

“Criamos as condições para o país dar um salto colocando a educação no centro de tudo. E isso significa que nós queremos continuar a ser um país de classe média, cada vez maior a participação da classe média. Mais oportunidades para todos”, declarou sobre a expansão do segmento.

Corrupção e PT
O jornalista William Bonner perguntou a Dilma se ela não foi “condescendente” com a corrupção já que o PT é um partido com “um grupo de pessoas comprovadamente corruptas, mas que são tratados como guerreiros, como vítimas”. Ele se referia ao julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, que condenou e levou à prisão dirigentes do partido.

Questionada quatro vezes sobre o assunto, a presidente não respondeu (assista ao trecho).

“Eu sou presidente. Eu não faço nenhuma observação sobre julgamentos realizados pelo Supremo Tribunal. A Constituição exige do presidente da República que nós respeitemos e consideremos a autonomia dos outros órgãos. Eu não julgo as ações do  Supremo. Eu tenho opiniões pessoais. Durante o processo inteiro não manifestei nenhuma opinião. Não vou tomar nenhuma posição que me coloque em confronto, em conflito, aceitando ou não. Eu respeito as decisões da Suprema Corte brasileira”, declarou.

Sobre corrupção na administração federal, disse que, nos dois governos do PT, nenhum procurador-geral da República foi chamado de “engavetador-geral da República”.

Segundo a presidente, nem todas as pessoas denunciadas nos escândalos foram punidas pelo Judiciário porque nem todas as denúncias apresentadas na mídia, afirmou, foram comprovadas.

Questionada sobre a substituição de denunciados por pessoas dos mesmos partidos envolvidos nos escândalos, afirmou que os partidos podem fazer exigências, “mas eu só aceito quando são pessoas íntegras e competentes na área”.

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  • Dilma prevê economia brasileira mais competitiva e ataca pessimismo

Saúde
Na entrevista, Dilma foi indagada por Patrícia Poeta se considerava a situação da saúde “minimamente razoável”, por causa das filas em hospitais, do atendimento em macas, e de exames não realizados.

Ela respondeu que “não” e admitiu que “tivemos e ainda temos muitos problemas e desafios a enfrentar na saúde”.

Antes, porém, chamou a atenção para o programa Mais Médicos, dizendo que o governo teve uma “atitude corajosa” ante a necessidade de 14 mil profissionais para atender à população. Disse que chamou primeiro médicos brasileiros para contratação, mas que não foram suficientes para a demanda. Depois, médicos brasileiros e estrangeiros formados no exterior, que também não cobriram a necessidade.

“Na sequência, chamamos médicos cubanos, através da Opas [Organização Pan-americana de Saúde], e aí conseguimos chegar a 14.462 médicos, que, pelos dados da OMS [Organização Mundial de Saúde], correpondem a uma capacidade de atendimento de 50 milhões de brasileiros. 50 milhões de brasileiros não tinham atendimento médico. Hoje têm”, declarou.

Economia
Em outro momento da entrevista, Dilma foi questionada se achava justo culpar o pessimismo ou a crise internacional por números negativos na economia e se o governo não tinha responsabilidade pelos resultados.

“Nós enfrentamos a crise, pela primeira vez no Brasil, não desempregando, não arrochando salários, não aumentando tributos – pelo contrário, diminuimos, reduzimos e desoneramos a folha, reduzimos a incidência de tributos sobre a cesta básica. Nós enfrentamos a crise também sem demitir”, respondeu a petista.

Dilma apontou para uma “melhoria prevista no segundo semestre” ao ser confrontada com os recentes indicadores negativos da economia.

Ela se referiu ao que chamou de “índices antecedentes”, que antecipam tendências da economia. “A quantidade de papelão que é comprada, a quantidade de energia que é consumida, a quantidade de carros que são vendidos, todos esses índices indicam uma recuperação no segundo semestre, vis a vis, o primeiro”, afirmou a presidente.

Fonte: G1

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Entrevista: Eduardo Campos no Jornal Nacional

O candidato do PSB à Presidência da República foi entrevistado ao vivo, na bancada do JN, por William Bonner e Patrícia Poeta

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O Jornal Nacional due sequência, nesta terça-feira, 12,, à série de entrevistas com os principais candidatos à Presidência, em que abordou questões polêmicas das candidaturas e o desempenho deles em cargos públicos. Lembrando que o Bom Dia Brasil e o Jornal da Globo tambémreceberão os candidatos nas próximas semanas. O tempo total da entrevista de hoje é de 15 minutos, dos quais nós reservamos o último minuto e meio para que o candidato fale resumidamente sobre os projetos que ele considera prioritários se for eleito. O sorteio acompanhado por assessores dos partidos determinou para a hoje a presença do candidato do PSB, Eduardo Campos.

Patrícia Poeta: Boa noite, candidato.

Eduardo Campos: Boa noite, Patrícia. Boa noite, Bonner. Boa noite a todos que estão nos assistindo.

Patrícia Poeta: Então o tempo começa a ser contado a partir de agora. Candidato, vamos começar a entrevista com a lista de alguma promessas que o senhor já fez, eu anotei algumas delas: escola em tempo integral, passe livre para estudantes do ensino público, aumento dos investimentos em saúde para 10% das receitas da União, manutenção do poder de compra do salário mínimo e multiplicar por 10 o orçamento da segurança. Tudo isso significa aumento dos gastos públicos. Mas o senhor também promete baixar a inflação atual para 4% em 2016, chegando até 3% até 2019. E isso, segundo economistas, exige cortar pesadamente gastos públicos. Ou seja, essas promessas se chocam, se batem. Qual delas o senhor não vai cumprir?

Eduardo Campos: Patrícia, na verdade, só há uma promessa, que é melhorar a vida do povo brasileiro. A sociedade brasileira tem apresentado na internet, nas ruas, uma nova pauta, que é a pauta da educação, da melhoria da assistência da saúde, que está um horror no país, a violência que cresce nos quatro cantos do país. Nós temos que dar conta de melhorar a qualidade de vida nas cidades onde a mobilidade também é um grave problema. E tudo isso em quatro anos.  Nós estamos fazendo um programa de governo, ouvindo técnicos, a universidade, gente que já participou de governo. E é possível, sim. Nós estamos fazendo conta, tem orçamento. Eu imagino que muitas vezes as pessoas dizem assim: ‘Houve uma reunião do Copom hoje e aumentou 0,5% os juros’. E ninguém pergunta da onde vem esse dinheiro. E 0,5% na Taxa Selic significa 14 bi. O passe livre, que é um compromisso nosso com os estudantes, custa menos do que isso. Então, nós estamos fazendo contas para, com planejamento, em quatro anos trazer inflação para o centro da meta, fazer o Brasil voltar a crescer, que esse é outro grave problema, o Brasil parou. E o crescimento também vai abrir espaço fiscal. Tudo isso com responsabilidade na condução macroeconômica. Banco Central com independência, Conselho Nacional de Responsabilidade Fiscal, gente séria e competente governando. Fazendo a união dos competentes, dos bons, o Brasil pode ir muito mais longe.

Patrícia Poeta: Agora, candidato, o senhor então está querendo dizer que pretende deixar de gastar aqui, para gastar ali. Mas isso não significa, necessariamente, cortes pesados. Não são cortes. Então, os economistas dizem que para combater a inflação seria necessário isso: cortes severos mesmo. Como é que o senhor pretende fazer isso?

Eduardo Campos: Olha, a inflação não pode ser combatida só com a taxa de juros, como vem sendo feita no país. É preciso ter coordenação entre a política macroeconômica monetária, a política fiscal, mas é preciso também ter regras seguras. As regras que mudam a todo dia no Brasil muitas vezes fazem com que o preço do dinheiro suba, o chamado Custo Brasil. A falta de logística que encarece o produto que vem do mundo rural, da própria indústria, a falta de ferrovia, de rodovia, que o Jornal Nacional mostra tantas vezes aqui, de portos, encarece o país. Então, o Brasil precisa enfrentar a inflação, porque ela está corroendo o salário. As pessoas estão percebendo, quem está nos assistindo tem percebido que o salário não dá para o mês inteiro. Os aposentados, os assalariados, os que vivem por conta própria do seu esforço percebem. O compromisso um com o centro da meta da inflação e a retomada do crescimento.

Patrícia Poeta: Então, o senhor não acha que seria justo dizer para o eleitor que o próximo ano será um ano difícil, duro, com remédios mais amargos?

Eduardo Campos: É, o ano difícil está sendo já esse, Patrícia. Porque a gente vai ter um crescimento de -1%. O Brasil está perdendo…

Patrícia Poeta: Sem aumento da tarifa.

Eduardo Campos: É, o Brasil perdeu de 7 a 1 dentro do campo de futebol, na Copa, e está perdendo também de 7 a 1 fora do campo. Porque é sete de inflação, com a presidenta guardando na gaveta dela, para depois da eleição o aumento da energia e o aumento do combustível, mesmo assim, com menos de um de crescimento.

Patrícia Poeta: Mas vai ser um ano difícil, o próximo ano, candidato?

Eduardo Campos: Eu acho que vai ser um ano que nós vamos terminar melhor do que o ano de 2014. Porque nós vamos enfrentar os problemas. A pior coisa na vida de uma pessoa, de uma família e de um governo é a gente ficar escondendo os problemas e não tendo coragem e humildade de dizer: ‘Ó, estamos com problemas. Vamos resolver o problema?’. Nós estamos com um problema, por exemplo, na questão da energia. Não seria muito melhor dizer: ‘Ó, choveu menos do que deveria, não investimos tanto’. Por que a gente não criar todo um esforço de eficiência energética, como a Europa está fazendo? Premiar quem faz as mesmas coisas, seja na indústria, no comércio, em casa, com menos energia.

William Bonner: Vamos mudar de assunto. O senhor se articulou com o ex-presidente Lula e com partidos políticos para eleger a sua mãe, a então deputada federal Ana Arraes, ministra do Tribunal de Contas da União. O senhor considera isso ético? Não foi uma forma de nepotismo?

Eduardo Campos: Veja, Bonner, se a nomeação fosse minha, se dependesse da minha nomeação enquanto governador, seria nepotismo, e eu quero te dizer que eu fui o primeiro governador a fazer a lei do nepotismo no estado de Pernambuco. Ela, Ana, era funcionária pública de carreira por concurso da Justiça, elegeu-se deputada por duas vezes, com votações crescentes, fez mandatos respeitáveis. A Câmara foi chamada a eleger um parlamentar para uma vaga no Tribunal de Contas, ela se candidatou, outros deputados se candidataram, como o ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo. Ela disputou uma eleição com vários deputados, ela foi a única mulher que ganhou no voto, com a votação muito grande, e foi ser ministra e tem feito um trabalho como ministra do Tribunal de Contas que todos reconhecem como trabalho digno, sério.

William Bonner: Certo, mas o que eu estou colocando em questão não são os méritos da sua mãe, não se trata disso, a questão é: o senhor ter usado o seu prestígio, o seu poder para se empenhar pessoalmente num trabalho de catequese, numa campanha para que um parente seu ocupasse um cargo público e vitalício. O senhor acha que isso foi um bom exemplo para o país?

Eduardo Campos: Olha, na hora que ela saiu candidata com apoio do meu partido, se fosse uma outra pessoa, eu teria apoiado. Por que eu não apoiaria ela que tinha todos os predicados, tanto é que pode registrar a sua candidatura, pode fazer a disputa. Eu nem votei, Bonner, porque eu não era deputado. Eu, simplesmente, torci na hora em que ela se candidatou para que ela ganhasse e ela tem feito um trabalho no Tribunal de Contas que tem o reconhecimento, inclusive, do corpo técnico do Tribunal.

William Bonner: O seu empenho pessoal, o senhor não vê nada de errado no seu empenho pessoal nesta eleição?

Eduardo Campos: Não.

William Bonner: Ok.

Patrícia Poeta: Ainda nesse ponto, candidato, o senhor indicou um primo seu e um primo da sua mulher para trabalhar no TCE, que é o órgão responsável por fiscalizar as contas do estado, quando o senhor era governador de Pernambuco. Como é que fica a isenção nisso?

Eduardo Campos: Na verdade, eles se candidataram na Assembleia Legislativa em vagas que eram próprias da Assembleia Legislativa. Um deles e um outro foi indicado, como ele foi desembargador eleitoral, tinha todos os predicados jurídicos para fazer exatamente esse pleito e foi votado pela Assembleia Legislativa.

Patrícia Poeta: Mas foram indicados pelo senhor?

Eduardo Campos: Não. O Marcos Loreto…

Patrícia Poeta: Para julgar suas contas.

Eduardo Campos: Não, para julgar minhas contas, não. Eles foram indicados para vaga no Tribunal de Contas. Um pela Assembleia Legislativa, não há nenhuma indicação, a vaga era da Assembleia, pessoas podiam se candidatar e ele não estava impedido por lei de se candidatar. E, um outro, que foi indicado na vaga do Executivo respeitando a legislação em vigor.

Patrícia Poeta: Então, o senhor, não vê conflito nisso. Se o senhor fosse eleito presidente hoje, o senhor manteria esse comportamento no governo federal, sem dúvidas?

Eduardo Campos: Não, eu acho que a gente precisa, na verdade, sobretudo agora que vamos ter cinco vagas no Supremo Tribunal Federal, o Brasil precisa fazer uma espécie de comitê de busca, o que é feito para os institutos de pesquisa, juntar notórias, pessoas com notória especialidade e conhecimento para fazer ao lado do presidente a seleção de pessoas que vão para esses lugares vitalícios. Aliás, eu acho que o Brasil deve fazer uma reforma constitucional para acabar com esses cargos vitalícios que ainda existem na Justiça, é preciso ter os mandatos também no Poder Judiciário, coisa que existe em outras nações do mundo, de maneira a oxigenar os tribunais e garantir que esse processo de escolha seja um processo mais impessoal.

William Bonner:  Candidato, o senhor tem procurado apresentar o discurso de um gestor moderno, de um gestor favorável ao empreendedorismo privado, mas o fato é que, logo depois do anúncio da sua aliança com Marina Silva, Marina fez restrições ao agronegócio, que é um setor que tem sustentado a economia brasileira em muitos anos. Como é que o senhor pretende resolver esta contradição dentro da sua chapa?

Eduardo Campos: Olha, com diálogo, Bonner. Mostrando exatamente que Marina não tem nada contra agronegócio ou contra indústria ou contra o desenvolvimento econômico. O que Marina defende e eu defendo também, e a sociedade brasileira quer ver hoje, é que nós temos que ter desenvolvimento com respeito ao meio ambiente e com inclusão. Esse é um conceito que no século passado parecia que disputava: ou se tem desenvolvimento ou se tem respeito à natureza. E, hoje, o mundo todo bota numa equação só, tenta efetivamente conciliar desenvolvimento com proteção da natureza e com inclusão das pessoas mais pobres.

William Bonner:  Claro, candidato. Mas eu acho que eu preciso ser um pouco mais específico sobre a contradição a que eu me referi. Vamos falar da reforma, da votação do Código Florestal. Assunto importantíssimo. Na votação do Código Florestal, o seu partido aprovou, quase que por unanimidade. E o grupo político de Marina Silva teve uma posição rigorosamente oposta. Marina chegou a dizer que o Código Florestal representava um retrocesso de 20 anos. A questão é: como é que o eleitor pode se convencer da coesão da sua chapa, se os dois candidatos têm visões tão opostas, tão antagônicas em relação a esse assunto?

Eduardo Campos: Absolutamente. Nós temos uma visão, uma aliança, que não é feita em cima da minha opinião, da opinião de Marina. Em cima de um programa, de um programa que tem a participação da academia brasileira, de diversos estudiosos, cientistas, militantes do movimento social, que têm nos ajudado a construir um programa, que vai ser lançado nos próximos dias, exatamente para não ter uma coisa de uma aliança pessoal, uma aliança de personalidades, mas uma aliança de pensamentos.

William Bonner: Mas eu apresentei um caso concreto, em que houve posições bem diferentes. Um dos dois lados cedeu em relação a esse assunto para chegar a um consenso?

Eduardo Campos: Neste caso, em particular, eu defendi as posições de Marina. Na nossa bancada, ela rachou, na verdade. Teve muita gente que era ligado a estados onde o agronegócio tinha mais expressão que não votou com a orientação partidária, mas eu defendi a posição que foi representada por Marina.

William Bonner: Só dois votos do seu partido foram contrários.

Eduardo Campos: Exatamente. E eu me coloquei solidário à posição dela.

Patrícia Poeta: Ainda sobre coerência. O senhor e o seu partido foram colaboradores próximos do então presidente Lula. O senhor, inclusive, foi ministro em 2005 do governo dele, exatamente quando o escândalo do Mensalão veio a público e o senhor não deixou o cargo. O senhor só se afastou do governo Dilma quase três anos de um mandato de quatro. Foi no fim do ano passado. O que que o senhor diria aos críticos que afirmam que o senhor abandonou todos esses anos de colaboração a Lula e Dilma pela ambição de ser presidente da República?

Eduardo Campos: Não se trata de ambição. Se trata de um direito, numa democracia qualquer partido pode lançar um candidato, pode divergir.  Porque você apoiou, você não está condenado a apoiar quando você já não acredita, quando você já não vê, não se representa naquele governo.

Patrícia Poeta: Mas o senhor levou quase três anos de um mandato de quatro para sair do governo, para deixar de apoiá-lo, não é tempo demais?

Eduardo Campos: Se você for ver, isso aconteceu antes. Já em 2012, nas eleições de 2012, nós já enfrentamos o PT em várias cidades, inclusive no Recife. Quando a presidenta apoiou o Renan e o PMDB para Câmara, Renan para o Senado, o PSB já apoiou outros candidatos. Nós já vínhamos num processo de afastamento claro do governo. Por quê? Porque esse governo é o único governo que vai entregar o Brasil pior do que recebeu. Nós vamos estar pior na economia, pior na questão da violência, pior na logística, pior na relação externa com o resto do mundo. Ou seja, e aí nós estamos oferecendo um caminho para que o Brasil volte a crescer.

Patrícia Poeta: Mas o senhor apoiou durante mais de 10 anos esse governo. O que que aconteceu neste meio do caminho?

Eduardo Campos: O que aconteceu é que aquilo que foi prometido, que o Brasil ia corrigir os erros e aprofundar as mudanças, não aconteceu. Tantas pessoas que votaram na Dilma e se frustraram, tantas pessoas que estão nos assistindo que viram agora um governo que valoriza no seu centro a velha política, um governo que deixou a inflação voltar, um governo que está fazendo derreter os empregos. Agora, o que o povo quer é alguém que dê solução a isso. E eu e Marina entendemos que para dar solução a isso é fundamental um novo caminho. Porque PSDB e PT há vinte anos governam o país. Se a gente quer chegar a um novo lugar, a gente não pode ir pelos mesmos caminhos.

William Bonner: Candidato, chegou aquele momento em que o senhor agora se dirige ao eleitor para expor aqueles projetos que o senhor consideraria prioritários caso eleito.

Eduardo Campos: Eu queria ter a oportunidade de falar com você de todo Brasil. Eu governei o estado de Pernambuco por duas vezes. Fui reeleito com 83% dos votos e deixei o governo com mais de 90% de aprovação. Governei com pouco, porque governei um estado do Nordeste brasileiro com muita pobreza, e botei o foco naqueles que mais precisam. Então, aprendi a fazer mais com menos. Agora, ao lado da Marina Silva, eu quero representar a sua indignação, o seu sonho, o seu desejo de ter um Brasil melhor. Não vamos desistir do Brasil. É aqui onde nós vamos criar nossos filhos, é aqui onde nós temos que criar uma sociedade mais justa. Para isso, é preciso ter a coragem de mudar, de fazer diferente, de reunir uma agenda. É essa agenda que nos reúne, a agenda da escola em tempo integral para todos os brasileiros, a agenda do passe livre, a agenda de mais recursos para a saúde, a agenda do enfrentamento do crack, da violência…

Patricia Poeta: Ok.

Eduardo Campos:  O Brasil tem jeito. Vamos juntos. Eu peço teu voto.

Patricia Poeta: Acabou o tempo, candidato. Obrigada pela sua participação. Amanhã, a entrevista será com a candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff.

Fonte: www.g1.com.br

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Entrevista: Henrique Eduardo Alves

Candidato ao Governo do Estado pelo PMDB defende fim do radicalismo

Henrique na Tribuna

Henrique Alves na Tribuna do Norte – Foto: Alex Régis

Anna Ruth Dantas
Margareth Grillo
Vicente Neto

Repórteres

Presidente da Câmara dos Deputados e presidente estadual do PMDB, o deputado federal Henrique Eduardo Alves disputa pela primeira vez o Governo do Rio Grande do Norte. Traz o tom do discurso da conciliação e da união para superar grandes desafios. Na área da saúde, a proposta é reaparelhar os hospitais regionais e centralizá-los no atendimento de média complexidade. Ele defende, ainda, a união de esforços de todas as entidades e o Governo Federal para construir o Hospital de Trauma, projeto da administração atual que não saiu do papel . Diante do quadro de insegurança, o candidato analisa que é necessário um trabalho concentrado da Polícia Militar, Civil, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil. Para Henrique Eduardo Alves é inconcebível que cada uma dessas entidades “falem linguagens diferentes” quando o foco da segurança é único. 
A situação financeira do Estado é o quadro de maior preocupação. Ele chama atenção para o fato que o reequilíbrio financeiro ocorrerá a partir de uma parceria com o Governo Federal, renegociação do estoque de dívidas do Estado e a celebração de parcerias público privada. Se eleito, Henrique Eduardo garante implantar sistemas de meritocracia para avaliar a carreira dos servidores estaduais.  “Precisaremos da compreensão dos aliados políticos porque a equipe de Governo precisa ser centrada na capacidade técnica e não nas indicações políticas”, avisa o candidato. Confira, abaixo, a entrevista concedida à TRIBUNA DO NORTE:

Observando o palanque dos partidos que integram a sua aliança, o senhor defende a candidatura de Dilma Rousseff. O senador José Agripino Maia é aliado do presidenciável Aécio Neves. A vice-prefeita de Natal Wilma de Faria apoia Eduardo Campos. Como explicar isso ao eleitor?
Não é difícil. Essa é uma qualidade que eu agradeço a Deus ter me dado. Ele me deu a credibilidade, pela minha vida pública, de poder, nesta hora, unir tantos que lutaram em palanques diferentes no passado e hoje entendem que esta é a hora de unir o Rio Grande do Norte. As dificuldades que já coloquei aqui mostram a necessidade de unir esse Estado. Temos que somar inteligência, experiência, pessoas de boa fé, independente de onde estejam. E não é só aqueles que vão ganhar conosco a eleição. Tem também aqueles que até podem não estar conosco na campanha, mas por qualidade poderão amanhã estar no Governo, com espírito público, com ética, com compromisso com o Estado que tenha a se somar. Esse Estado não pode mais ficar no radicalismo do passado, em que metade puxava para cima e metade puxava para baixo. Era um radicalismo emocional, as pessoas conseguiam um voto aqui e acolá, mas depois para governar cadê a união? Cadê a interação, o compromisso, a solidariedade? Isso não pode mais acontecer. Neste caso em que você cita de vários partidos, não ocorre só aqui. As realidades estaduais superam a questão nacional. As realidades estaduais se impõem nessa montagem de palanques em cada Estado. Então seria para mim uma vantagem, e o destino até me beneficiando, se amanhã a minha candidata Dilma se eleger eu já teria, com certeza, um apoio que nos ajudaria a abrir as portas para o Rio Grande do Norte. Se por acaso vencer Aécio Neves eu terei no aliado José Agripino e no Rogério Marinho, do PSDB, as mesmas certezas de que teremos portas abertas e simpáticas ao Rio Grande do Norte. Se for Eduardo Campos temos a senadora Wilma, que eu espero que se eleja, para também abrir essas portas juntamente comigo, pela minha experiência e convivência. Trabalhei muitos anos em Brasília e, com este trabalho, abri portas para o Estado. O segmento evangélico tem um candidato que eu respeito muito, o pastor Everaldo, do PSC, que também está no nosso palanque. Então, isso é uma qualidade para o Rio Grande do Norte. Não há nenhum radicalismo para termos portas fechadas. Haverá sim, portas abertas para aqueles projetos que levaremos para buscar parcerias com o Governo Federal, que serão fundamentais para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte.

O senhor estaria defendendo o fim de posições radicais na política potiguar?
Como um Estado tão rico é tão pobre? Tem a eólica que é o primeiro lugar do Brasil, tem a fruticultura que exporta para o mundo inteiro, tem minério, turismo, petróleo. Tem o aeroporto que não é ponto de chegada, mas ponto de partida para o desenvolvimento,, como esse Estado não tem o mínimo para oferecer ao cidadão. Como esse Estado é tão forte e deveria ser e e é tão fraco. Esse contraditório temos que enfrentar. E só enfrentaremos se o Estado entender que não cabe mais o radicalismo político. Eleição não é mais uma guerra onde as pessoas vão se matar uns aos outros. Quem ganha não era um vencedor, mas um sobrevivente, saia todo mutilado pelo radicalismo da campanha. Precisamos mudar essa mentalidade.

O candidato Robinson Faria, do PSD, vem dizendo que é o único candidato de fato de oposição, já que o Democratas, partido da governador Rosalba Ciarlini, está no palanque do senhor. O seu discurso de oposição se enfraquece por ter o DEM como aliado?
Veja bem, se isso é verdadeiro, respeito muito o meu colega Robinson Faria. Ele pode ficar tranquilo que teremos uma campanha de alto nível, no que depender de mim até pela relação que tenho com sua família toda. Nossos pais eram muito amigos. Hoje, ainda temos uma relação próxima de amizade. Mas ele (Robinson Faria) está sendo muito infeliz, ou injusto, ou desinformado ou desatento. Pode escolher uma das quatro opções. Porque o cunhado da governadora, o deputado Betinho Rosado, que comanda o Partido Progressista no Rio Grande do Norte, está aqui ou está lá (com Robinson Faria)? Se fosse essa a recomendação da governadora Rosalba o seu cunhado Betinho Rosado, deputado federal, teria todas razões para estar aqui (no palanque de Henrique Alves), mas está lá. Isso mostra que eu não tenho esse apoio, esse compromisso com o Governo Rosalba. Isso não é verdadeiro e está na hora do Rio Grande do Norte ter os seus políticos falando a verdade. 

Mas, até ser candidato o senhor foi aliado da governadora Rosalba Ciarlini.
Mesmo que se possa não agradar, mas a verdade impõe respeito. Eu a respeito a governadora Rosalba como política, como mulher, não há nada que venha a denegrir sua imagem. Nossa discordância foi o modelo de governo, que não interagiu, não descentralizou. Não deu direito a voz e a vez dos seus aliados que queriam apenas construir na crítica, buscar caminhos novos e não conseguimos sequer um espaço para isso. Essa foi a razão principal de ter saído do governo. Queríamos ajudar, mas não estava havendo receptividade a nossas ponderações e advertências. Na hora que saímos do governo, assim e de forma respeitosa e respeitada pela governadora, não teria nenhum sentido hoje ter o apoio político do governo. Eu espero ser o governador de todo Rio Grande do Norte, de todos os norte-rio-grandenses, sem intolerância, sem mágoa com quem quer que seja. Eu quero o voto de todos, como cidadãos, até porque terei que ser governador de todos os norte-rio-grandenses.

O empresário Flávio Rocha chegou a dizer que há um ambiente hostil aos empresários no Rio Grande do Norte. Em caso de um governo seu, como será o relacionamento com o empresariado?
Uma licença ambiental no Rio Grande do Norte leva de 18 a 24 meses a ser concedida e todo financiamento hoje, seja Banco do Nordeste seja BNDES, todo ele está exigindo e corretamente a licença ambiental. Se você chega em Pernambuco ou no Ceará, você tira a licença ambiental em dois meses, três meses. Como vamos competir com o Estado com essa agilidade da questão ambiental? Saindo daí vem a burocracia dos processos em andamento, você encontra servidores desmotivados, um servidor público sem estímulo para crescer, até com atraso de salário. Você gera no Estado um clima de baixo estima. 

Fonte: www.tribunadonorte.com.br

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Entrevista: Robinson Faria

Candidato ao Governo do Estado pelo PSD fala de seus projetos para o município de Mossoró 

Robinson entrevista

O município de Mossoró vive um momento de crise financeira em alguns setores importantes de sua economia. No Distrito Industrial algumas empresas estão demitindo em massa ou dando férias coletivas aos seus trabalhadores. Problemas também são detectados em áreas como o da produção salineira, na área petrolífera, na de produção de frutas tropicais e noutros setores. Para saber quais os projetos para o município o blog começa a ouvir os principais candidatos ao Governo do Estado. O primeiro entrevistado é o vice-governador Robinson Faria, candidato ao Governo pelo PSD. Confira:

Carlos Skarlack – Candidato Robinson Faria, caso seja eleito governador, como o senhor espera lidar com problemas em municípios como Mossoró, para tentar atenuar questões econômicas como o enfrentado por empresas instaladas no Distrito Industrial que estão demitindo ou dando férias coletivas aos seus trabalhadores?

Robinson Faria – Hoje a classe empresarial no Rio Grande do Norte vive em um ambiente hostil, sem incentivos, sem atrativos para a indústria e com números negativos de empregos. Estamos perdendo empregos por falta de uma política séria de incentivos fiscais, em Natal, no Seridó e até na região Oeste que já foi considerada um pólo gerador de novos empregos.

Carlos Skarlack – Quais os incentivos um eventual governo Robinson Faria poderá oferecer a setores da cadeia produtiva como o da indústria salineira e da fruticultura que também passam por crise há algum tempo?

Robinson Faria – O primeiro trabalho a ser feito deve ser focado nos empresários com uma revisão na legislação tributária, que está sendo prejudicial aos empresários, hostil e estamos perdendo empresas e geração de novos empregos para o Ceará e Pernambuco, estados vizinhos, mas que possuem uma política atrativa para os empresários.

Carlos Skarlack – Existe a necessidade de incentivo a novas indústrias?

Robinson Faria – Segundo ponto, temos que fortalecer a nossa capacidade de implantação de pólos industriais. O terceiro ponto no planejamento para empresários é fazer o dever de casa, o que não vem sendo feito por essa gestão. O governo vem errando – e eu vou corrigir esse erro – é na falta de investimento na economia. Temos hoje a pior média de investimento no atual governo, que investiu apenas 2% do seu orçamento no Estado, quando a média histórica varia de 7% a 10%.

Carlos Skarlack – Existem ainda a necessidade de melhorar o escoamento da produção do Estado…

Robinson Faria – Não podemos deixar de falar na reestruturação do nosso centro industrial da região metropolitana e temos que pensar rapidamente na melhoria do escoamento da produção no Rio Grande do Norte, com o Porto para que o Estado não perca espaço para os estados do Ceará e Pernambuco, que hoje obtém vantagem na nossa economia, porque escoam quase toda a nossa produção. Sou também defensor de uma economia sustentável, que é o apoio do governo as cadeias produtivas, que precisam ser fomentadas e incluídas na nossa economia e o Estado não está fazendo o seu papel em ser o fomentador dessas cadeias produtivas.

Carlos Skarlack – Nos últimos quatro anos a Prefeitura de Mossoró não teve nenhum convênio firmado com o Governo do Estado para realização de algum projeto significante. Como o senhor, se eleito, pretende atuar em relação ao município?

Robinson Faria – A parceria do Governo do Estado com os municípios deve ser constante, tanto em projetos que tem participação de incentivo estadual, quanto em projetos municipalistas porque o papel que o Estado deve cumprir é de fomentar sempre. Em Mossoró teremos a parceria do prefeito Francisco José Júnior que tem feito uma gestão exemplar, moderna e com visão de futuro, colocando Mossoró como uma das cidades em destaque no Nordeste.

Carlos Skarlack – O projeto do Complexo Viário da Abolição, construído pelo Governo do Estado com recursos federais enfrenta problema com um dos viadutos concluídos, mas, não liberado para trânsito. O senhor tem informação desse problema e se eleito o que realizar para refazer os erros do projeto?

Robinson Faria – As questões de infraestrutura para a mobilidade de veículos e para o escoamento da produção, como o complexo da Abolição, a Estrada do Melão e tantos outros projetos de mobilidade e economia serão prioridades no Governo do Estado. Não podemos mais perder tempo de reestruturar o Rio Grande do Norte e alcançar números positivos para a nossa economia e na melhoria de vida da população.

Carlos Skarlack – Especificamente, para o município de Mossoró, existe alguma proposta de seu Plano de Governo para investimentos em áreas como segurança, educação e saúde?

Robinson Faria – Nos últimos anos, o Rio Grande do Norte tem registrado números recordes em homicídio e crimes em todos os municípios. A Secretaria de Segurança anunciou dados que comprovam a crise na segurança pública como o número de assassinatos no último ano na região metropolitana: foram mais de 450 casos em 2012. No setor da segurança, vamos equipar as delegacias, unidades do sistema penitenciário; vamos reestruturar a carreira dos policiais e investir no setor de inteligência da Polícia.

Carlos Skarlack – Em relação ao setor da saúde pública?

Robinson Faria – A saúde pública no Rio Grande do Norte precisa ser repensada já que os hospitais regionais de todo o Estado sofrem com desabastecimento e falta de médicos. Hoje temos uma gestão descomprometida com o setor, onde os profissionais da saúde, os médicos e técnicos não tem diálogo com o governo, não existem condição de trabalho porque faltam materiais básicos como luvas e ate esparadrapos. A superlotação dos hospitais e a falta de leitos é outro grave problema enfrentado pela população quando procura atendimento de saúde. Hoje vivemos um estado de calamidade na saúde em todas as regiões do Estado. A saúde tem que ser debatida com os servidores e os usuários, mas acredito que equipando os hospitais e motivando os servidores, o cenário muda.

Carlos Skarlack – Quais as suas metas para a educação?

Robinson Faria – No setor da educação as nossas metas são direcionadas a universalizar o Ensino Fundamental de 9 anos para toda a população de 6 a 14 anos e garantir que os alunos concluam essa etapa na idade certa, até o último ano de vigência do PNE e PEE; alfabetizar todas as crianças até os 8 anos de idade, durante os primeiros cinco anos de vigência do PNE e PEE; ampliar os cursos de formação continuada de professores, em serviço das escolas da Educação Básica (municipais e estaduais – urbanas e rurais);oferecer educação em tempo integral em escolas públicas, de forma a atender, também os alunos da Educação Básica; reduzir o analfabetismo funcional e o abandono, a repetência e a distorção idade-série no Ensino Médio, além de promover melhorias no setor da educação.

 

 

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