Em livro, Moro ataca Bolsonaro e Lula e se prepara para a disputa eleitoral

Revelações de Moro

10.nov.2021 - Ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, durante evento de filiação ao Podemos - Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo

Pré-candidato do partido Podemos à Presidência da República, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, escolheu como alvos principais de seu livro de memórias o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), prováveis adversários na disputa pelo Planalto em 2022.

No livro “Contra o sistema da corrupção” (288 págs, Editora Sextante), que será lançado nesta quinta-feira (2), Moro descreve os dois políticos como figuras com problemas no campo da ética e seguidoras de “uma cartilha populista de sinal trocado: um de esquerda, outro de direita”.

Desde a filiação ao Podemos no início deste mês, em ato realizado em Brasília, o ex-juiz vem cumprindo agenda pública e realizando contatos no campo de centro-direita para viabilizar-se como terceira via nas urnas para a disputa presidencial do próximo ano.

Em seu livro, Moro defende-se de críticas à sua atuação como juiz em casos que tiveram o ex-presidente Lula como réu e declara-se arrependido de ter aceitado o convite de Bolsonaro para o ministério, por conta da sua falta de comprometimento com a agenda anticorrupção e alianças com partidos do Centrão.

“Talvez, por estimularem o culto à própria personalidade, tenham tantos seguidores que fecham os olhos para sua verdadeira natureza”, escreveu Moro sobre os dois políticos.

Moro deixou o governo Bolsonaro em abril de 2020, acusando o então presidente de tentar interferir na Polícia Federal e nomear para a superintendência da corporação no Rio de Janeiro um delegado de confiança, como forma de se proteger de eventual apuração que envolvessem aliados e sua família.

No livro, ele relata em detalhes o recrudescimento das suas divergências com Bolsonaro no período em que esteve no governo, que levaram à sua fritura pública e pedido de demissão.

No livro, ele relata em detalhes o recrudescimento das suas divergências com Bolsonaro no período em que esteve no governo, que levaram à sua fritura pública e pedido de demissão

 

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