Entenda por que a compra de doses da Covaxin entrou na mira da CPI da Covid
Presidente Bolsonaro teria sido informado sobre do assunto antes de se tornar um escândalo
A CPI da Covid intensificou nesta semana a linha de investigação sobre o contrato firmado pelo governo federal para a compra da vacina indiana Covaxin.
Veja por que a aquisição desse imunizante entrou na mira da comissão:
Que vacina é essa?
A Covaxin é uma vacina feita com vírus inativado fabricada pela empresa indiana Bharat Biotech. Sua aplicação é feita em duas doses, com intervalo de 28 dias entre elas. O estudo de fase 3 ainda não foi concluído.
De acordo com dados da segunda análise provisória de testes clínicos de fase 3 divulgados em abril pela Bharat Biotech e pelo Conselho de Pesquisa Médica da Índia (ICMR), a vacina apresentou eficácia de 78% em casos sintomáticos leves e moderados. Casos graves foram reduzidos em 100%, demonstrando também redução no número de hospitalizações.
Quanto o governo pagou por dose?
De acordo com dados do Tribunal de Contas da União (TCU), a Covaxin foi a vacina mais cara negociada pelo governo federal até agora: R$ 80,70 a unidade, valor quatro vezes maior que a vacina da Fiocruz, a AstraZeneca.
O uso emergencial da Covaxin foi aprovado pela Anvisa?
Não. No início de junho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, com restrições, a importação excepcional de doses da Covaxin. A decisão vale apenas para 4 milhões de doses, que poderão ser utilizadas somente sob condições específicas determinadas pela agência. As doses deverão ser utilizadas dentro de condições controladas, sob responsabilidade do Ministério da Saúde.
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