Entrevista: Robinson Faria

Candidato ao Governo do Estado pelo PSD fala de seus projetos para o município de Mossoró 

Robinson entrevista

O município de Mossoró vive um momento de crise financeira em alguns setores importantes de sua economia. No Distrito Industrial algumas empresas estão demitindo em massa ou dando férias coletivas aos seus trabalhadores. Problemas também são detectados em áreas como o da produção salineira, na área petrolífera, na de produção de frutas tropicais e noutros setores. Para saber quais os projetos para o município o blog começa a ouvir os principais candidatos ao Governo do Estado. O primeiro entrevistado é o vice-governador Robinson Faria, candidato ao Governo pelo PSD. Confira:

Carlos Skarlack – Candidato Robinson Faria, caso seja eleito governador, como o senhor espera lidar com problemas em municípios como Mossoró, para tentar atenuar questões econômicas como o enfrentado por empresas instaladas no Distrito Industrial que estão demitindo ou dando férias coletivas aos seus trabalhadores?

Robinson Faria – Hoje a classe empresarial no Rio Grande do Norte vive em um ambiente hostil, sem incentivos, sem atrativos para a indústria e com números negativos de empregos. Estamos perdendo empregos por falta de uma política séria de incentivos fiscais, em Natal, no Seridó e até na região Oeste que já foi considerada um pólo gerador de novos empregos.

Carlos Skarlack – Quais os incentivos um eventual governo Robinson Faria poderá oferecer a setores da cadeia produtiva como o da indústria salineira e da fruticultura que também passam por crise há algum tempo?

Robinson Faria – O primeiro trabalho a ser feito deve ser focado nos empresários com uma revisão na legislação tributária, que está sendo prejudicial aos empresários, hostil e estamos perdendo empresas e geração de novos empregos para o Ceará e Pernambuco, estados vizinhos, mas que possuem uma política atrativa para os empresários.

Carlos Skarlack – Existe a necessidade de incentivo a novas indústrias?

Robinson Faria – Segundo ponto, temos que fortalecer a nossa capacidade de implantação de pólos industriais. O terceiro ponto no planejamento para empresários é fazer o dever de casa, o que não vem sendo feito por essa gestão. O governo vem errando – e eu vou corrigir esse erro – é na falta de investimento na economia. Temos hoje a pior média de investimento no atual governo, que investiu apenas 2% do seu orçamento no Estado, quando a média histórica varia de 7% a 10%.

Carlos Skarlack – Existem ainda a necessidade de melhorar o escoamento da produção do Estado…

Robinson Faria – Não podemos deixar de falar na reestruturação do nosso centro industrial da região metropolitana e temos que pensar rapidamente na melhoria do escoamento da produção no Rio Grande do Norte, com o Porto para que o Estado não perca espaço para os estados do Ceará e Pernambuco, que hoje obtém vantagem na nossa economia, porque escoam quase toda a nossa produção. Sou também defensor de uma economia sustentável, que é o apoio do governo as cadeias produtivas, que precisam ser fomentadas e incluídas na nossa economia e o Estado não está fazendo o seu papel em ser o fomentador dessas cadeias produtivas.

Carlos Skarlack – Nos últimos quatro anos a Prefeitura de Mossoró não teve nenhum convênio firmado com o Governo do Estado para realização de algum projeto significante. Como o senhor, se eleito, pretende atuar em relação ao município?

Robinson Faria – A parceria do Governo do Estado com os municípios deve ser constante, tanto em projetos que tem participação de incentivo estadual, quanto em projetos municipalistas porque o papel que o Estado deve cumprir é de fomentar sempre. Em Mossoró teremos a parceria do prefeito Francisco José Júnior que tem feito uma gestão exemplar, moderna e com visão de futuro, colocando Mossoró como uma das cidades em destaque no Nordeste.

Carlos Skarlack – O projeto do Complexo Viário da Abolição, construído pelo Governo do Estado com recursos federais enfrenta problema com um dos viadutos concluídos, mas, não liberado para trânsito. O senhor tem informação desse problema e se eleito o que realizar para refazer os erros do projeto?

Robinson Faria – As questões de infraestrutura para a mobilidade de veículos e para o escoamento da produção, como o complexo da Abolição, a Estrada do Melão e tantos outros projetos de mobilidade e economia serão prioridades no Governo do Estado. Não podemos mais perder tempo de reestruturar o Rio Grande do Norte e alcançar números positivos para a nossa economia e na melhoria de vida da população.

Carlos Skarlack – Especificamente, para o município de Mossoró, existe alguma proposta de seu Plano de Governo para investimentos em áreas como segurança, educação e saúde?

Robinson Faria – Nos últimos anos, o Rio Grande do Norte tem registrado números recordes em homicídio e crimes em todos os municípios. A Secretaria de Segurança anunciou dados que comprovam a crise na segurança pública como o número de assassinatos no último ano na região metropolitana: foram mais de 450 casos em 2012. No setor da segurança, vamos equipar as delegacias, unidades do sistema penitenciário; vamos reestruturar a carreira dos policiais e investir no setor de inteligência da Polícia.

Carlos Skarlack – Em relação ao setor da saúde pública?

Robinson Faria – A saúde pública no Rio Grande do Norte precisa ser repensada já que os hospitais regionais de todo o Estado sofrem com desabastecimento e falta de médicos. Hoje temos uma gestão descomprometida com o setor, onde os profissionais da saúde, os médicos e técnicos não tem diálogo com o governo, não existem condição de trabalho porque faltam materiais básicos como luvas e ate esparadrapos. A superlotação dos hospitais e a falta de leitos é outro grave problema enfrentado pela população quando procura atendimento de saúde. Hoje vivemos um estado de calamidade na saúde em todas as regiões do Estado. A saúde tem que ser debatida com os servidores e os usuários, mas acredito que equipando os hospitais e motivando os servidores, o cenário muda.

Carlos Skarlack – Quais as suas metas para a educação?

Robinson Faria – No setor da educação as nossas metas são direcionadas a universalizar o Ensino Fundamental de 9 anos para toda a população de 6 a 14 anos e garantir que os alunos concluam essa etapa na idade certa, até o último ano de vigência do PNE e PEE; alfabetizar todas as crianças até os 8 anos de idade, durante os primeiros cinco anos de vigência do PNE e PEE; ampliar os cursos de formação continuada de professores, em serviço das escolas da Educação Básica (municipais e estaduais – urbanas e rurais);oferecer educação em tempo integral em escolas públicas, de forma a atender, também os alunos da Educação Básica; reduzir o analfabetismo funcional e o abandono, a repetência e a distorção idade-série no Ensino Médio, além de promover melhorias no setor da educação.

 

 

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1 Comentário para Entrevista: Robinson Faria

  1. fernando Ff disse:

    Os seguidores da governadora Rosalba, estão confiantes de que ela fará de Robson o seu sucessor e Fatima Bezerra senadora do RN.
    É a força da Rosa nas ruas mostrando sua liderança politica no estado.

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