O CAOS NA SAÚDE E A REUNIÃO DE SILVERINHA COM SEUS VEREADORES

BANCADA DO PREFEITO COM 13 VELHOS E NOVOS VEREADORES DECLARAM GUERRA PELA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA E ESQUECE PROBLEMAS DA SAÚDE PÚBLICA

A semana começou com dois fatos em evidência.

De um lado, o caos na saúde pública de Mossoró, sendo agravado por uma série de questões.

Pela manhã, a Indústria Nordestina de Gases EIRELI – ME – anuncia que por falta de pagamento da Prefeitura Municipal de Mossoró, está suspendendo o fornecimento de produtos para as UPA´s, UBS´s, pacientes domiciliares que estão sob os cuidados da Secretaria Municipal de Saúde.

No início da tarde, através de sua assessoria, o doutor Cure Medeiros, fazia um apelo dramático em defesa do Centro de Oncologia, revelando o quadro crítico da entidade:

NOTA

Pessoal, peço encarecidamente a ajuda de todos. Todos nós sabemos como é difícil essa jornada que nós percorremos, e infelizmente dependemos muito da ajuda do governo. E o Centro de Oncologia Santa Luzia esta em uma situação muito complicada. Falta medicamentos, falta pagamentos, falta verba, e estamos com medo de um futuro fechamento.
Então amanha pedimos que quem puder ir para a câmara dos vereadores de 8:00, vai haver uma manifestação para a resolução dessa situação.
Quem puder ir sera de ótima ajuda. Precisamos tomar uma atitude.

Maia informação: Marlene 84 9 9957-7090

No início da noite,  a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte emitiu uma nota oficial, sobre o fechamento do Hospital da Mulher.

NOTA

A Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte comunica à população que, diante do fechamento do Hospital da Mulher de Mossoró, solicitou ao juiz da Vara da Infância e Juventude da Comarca daquele município que se manifeste sobre o conflito existente entre a decisão judicial proferida no último dia 17 de agosto, na Ação Civil Pública nº 0105142-75.2016.8.20.0106, que determinou a manutenção do funcionamento dos leitos de UTI Neonatal e dos serviços de obstetrícia, e o acordo firmado nos autos da Ação Civil Pública nº 0800637-65.2014.8.4.05.8401, que tramita na Justiça Federal e diz respeito à intervenção na Associação de Assistência e Proteção à Maternidade de Mossoró (APAMIM), não incluindo o Hospital da Mulher.

 

É importante ressaltar que a Secretaria Estadual de Saúde Pública (SESAP) tinha ciência da decisão prolatada em 17 de agosto pela Justiça Estadual, de forma que, ao participar de audiência perante a Justiça Federal, deveria ter comunicado a existência da Ação Civil Pública proposta por esta Defensoria Pública, bem como a existência de decisão judicial determinando o funcionamento regular do Hospital da Mulher, especialmente porque o Estado não recorreu da decisão proferida pela Justiça Estadual.

Ainda diante do acordo firmado, precisamos salientar que os processos que foram reunidos para julgamento em cooperação técnica pela Justiça Estadual, Federal e do Trabalho, não se referiam ao Hospital da Mulher de Mossoró, vez que em todos se discutia, única e exclusivamente, a gestão e situação da APAMIM.

A Defensoria Pública do Estado entende, sem adentrar no mérito do acordo firmado durante a audiência cooperação técnica, que a decisão sobre a transferência integral de serviços do Hospital da Mulher para o Hospital Maternidade Almeida Castro (administrado pela APAMIM), ou para qualquer outro hospital, deveria ser precedida de estudo técnico comprovando a demanda real e efetiva das unidades, a estrutura física para instalação de equipamentos oriundos do Hospital da Mulher e o número de servidores para atendimento humanitário e adequado à população, sem redução dos serviços prestados por qualquer desses Hospitais…

Enquanto isso, sabe o que o prefeito de Mossoró, Francisco José Júnior, PSD e um grupo de 13 vereadores – alguns da atual Legislatura e reeleitos e outros eleitos em 2 de outubro para primeiro mandato – estavam fazendo?

Promovendo reunião para anúncio, oficial, de que a bancada de Silverinha – sim, ele tem uma bancada para chamar de sua -, vai eleger, não apenas o futuro presidente da Câmara Municipal de Mossoró, mas, toda a mesa diretora para o biênio 2017/2018.

Que Silveirinha continue a protagonizar desatinos políticos, partidários e administrativos, não surpreende.

Todavia, porém, entretanto, no entanto, 13 vereadores – inclusive alguns novatos -, se prestando a esta patuscada, é de lamentar.

 

 

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